Futuramente, empresas e governos terão acesso à tecnologia de identificação da criptomoeda Worldcoin, um sistema de verificação que escaneia os olhos das pessoas.
O projeto é cofundado pelo CEO da OpenAI, dona do Chat GPT, Sam Altman, e conta com uma tecnologia que escaneia os olhos das pessoas para criar IDs na plataforma.
O objetivo da iniciativa da Worldcoin é expandir sua presença ao redor do mundo, segundo veículos de comunicação europeu. Desde o lançamento da Worldcoin, reguladores e ativistas de privacidade levantaram preocupações sobre a coleta de dados.
A Worldcoin, apesar da recente turbulência no setor cripto, diz que 2,2 milhões de usuários se inscreveram na sua plataforma, especialmente durante um período de teste nos últimos dois anos.
Além disso, de acordo com o Euronews, a criptomoeda se prepara para expandir sua presença ao redor do mundo.
Expansão
O gerente sênior da OpenAI disse à Reuters que, apesar do montante significativo, a Altman quer que mais pessoas se inscrevam para usar sua tecnologia de digitalização de íris e verificação de identidade.
Vale destacar que o projeto exige que os usuários forneçam suas varreduras de íris em troca de uma identificação digital.
Em alguns países, acontece até mesmo um bônus de criptomoeda como incentivo para criar uma “identidade e rede financeira”.
“Estou um pouco nervoso, porque não sei ao certo o que farão com minha biometria e minhas informações pessoais. Mas, ao mesmo tempo, estou empolgado por fazer parte de algo muito diferente que acho que fará parte de uma mudança na economia, disse o usuário do Worldcoin, em entrevista à Reuters na Cidade do México, Diego Romero.
Privacidade
Diante dessa situação, reguladores e ativistas de privacidade levantaram preocupações sobre a coleta de dados realizada pela Worldcoin.
Entre as preocupações dos reguladores e ativistas estão se os usuários estão consentindo de maneira consciente sobre a coleta de dados e se uma empresa deve ser responsável por lidar com essas informações.
O Escritório Estatal da Baviera para Supervisão de Proteção de Dados na Alemanha, que tem jurisdição na União Europeia, disse que começou a investigar a Worldcoin em novembro do ano passado.
Observadores de dados na Grã-Bretanha, França e Alemanha também afirmaram que estão analisando o projeto.
A Worldcoin Foundation, entidade com sede nas Ilhas Cayman, disse em comunicado, com relação à privacidade, que cumpre todas as leis que regem dados pessoais e continuará a cooperar com as solicitações dos órgãos governamentais por informações sobre suas práticas de privacidade e proteção de dados.
Segundo o site da Worldcoin, o projeto é “totalmente privado” e que os dados biométricos são excluídos ou os usuários podem optar por armazená-los em formato criptografado.
Com informações do Olhar Digital
