O hábito de passar horas sentado pode representar uma séria ameaça à saúde, de acordo com um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Quem permanece sentado por mais de 11 horas diárias aumenta em mais de 78% o risco de doenças cardiovasculares e em 57% o risco de morte por outras enfermidades, em comparação com aqueles que passam menos de nove horas na mesma posição.
Publicado no Journal of the American Heart Association, o estudo monitorou o tempo sedentário de quase 6 mil mulheres idosas durante sete dias, utilizando um acelerômetro para registrar a postura e a movimentação. Os pesquisadores acompanharam os registros de saúde das voluntárias ao longo de oito anos, excluindo os períodos de sono.
O alerta também vale para os mais jovens. O especialista em educação física e doutor em ciências do esporte, Everton Crivoi do Carmo, reforça que, independentemente da idade, não adianta dedicar duas horas à academia se o resto do dia for passado sentado.
“Nosso dia a dia estimula o comportamento sedentário, mas é preciso pensar em estratégias para manter um estilo de vida ativo, com pequenos exercícios ao longo do dia, seja fracionando-os, seja aproveitando as oportunidades para caminhar ou subir escadas, por exemplo.”
Ele explica que a falta de atividade física pode acarretar uma série de problemas, desde a redução da capacidade cardíaca até o aumento dos níveis de glicose no sangue, contribuindo para o desenvolvimento de condições como diabetes e obesidade.
Além disso, o sedentarismo pode elevar os níveis de triglicerídeos e marcadores inflamatórios no sangue, além de comprometer a força muscular.