O turnover de colaboradores é uma das principais preocupações das empresas, já que atrair e reter talentos está entre os maiores desafios das organizações atualmente.
O turnover é o indicador entre novas contratações e demissões dentro de um certo período de tempo, começando pelo processo de desligamento de um funcionário de uma empresa.
O motivo da saída pode ser o mais variado: demissão, falta de encaixe, saída para uma proposta melhor e outros, mas deve ser analisado para que, se possível, ser impedido. Independentemente da razão, pode ser prejudicial para uma companhia.
Se o turnover estiver alto, com grande rotatividade de funcionários, pode prejudicar o andamento da empresa, pois afeta diretamente a produtividade e o desempenho dos funcionários do departamento desfalcado. Um baixo turnover resulta diretamente no crescimento do negócio e indica satisfação dos empregados.
Qual é o cenário atual de turnover?
Segundo a consultoria Robert Half, antes da pandemia, esse já era um problema muito grave, mas que se tornou ainda pior.
Dados mostram que 56% dos executivos c-levels (como CEO, CFO e outros) no Brasil perceberam um aumento do turnover em relação ao período pré-pandemia.
Os brasileiros são os que mais identificaram essa alta nos casos de turnover nas empresas, especialmente na comparação com outros países, como:
Bélgica – 45%
França – 51%
Reino Unido – 43%
Causas das saídas voluntárias
No Brasil, o número de desligamentos a pedido do colaborador praticamente dobrou de 2020 para 2021, segundo a Robert Half, com base em dados do CAGED. A representatividade da saída voluntária no total de desligamentos passou de 33% para 48% nesse período.
Segundo pesquisa da Robert Half, 54% dos Chief Information Officer (CIOs) – que são os chefes de tecnologia de informação dos escritórios – entrevistados, disseram que o turnover aumentou em comparação ao período pré-pandemia.
Um dos motivos é a alta competitividade, com o avanço da transformação digital e o crescimento de várias empresas e startups, criando uma competição por colaboradores de destaque.
A pesquisa também revela que, para 51% dos Chief Financial Officer (CFOs), ou diretores financeiros, o turnover nas áreas de finanças também aumentou.
Por ser um setor sensível para o sucesso das empresas, profissionais qualificados são muito cobiçados.
O que fazer para diminuir o turnover?
As empresas devem sempre estar de olho na rotatividade de profissionais e entender suas causas. Para isso, é preciso analisar todos os processos relacionados ao recrutamento, treinamento, motivação e desenvolvimento, pois o foco do problema pode estar em qualquer um desses momentos.
Um alto índice pode significar que alguma área não está sendo bem desenvolvida e pode estar recebendo menos atenção. A falta de oportunidades ao trabalhador, de comunicação na equipe, de reconhecimento e um clima organizacional desfavorável, pode também influenciar negativamente na rotatividade.
O turnover pode ser considerado funcional e benéfico quando planejado para substituir aquele colaborador que já não possui mais o perfil desejado para aquela vaga ou que está insatisfeito com a posição, mas a decisão deve ser estudada e pensada entre equipe e departamento pessoal.
Por isso é sempre necessário olhar para dentro da organização e avaliar os pontos de melhora para impedir desligamentos que poderiam ser evitados.
Com informações Robert Half