Executivos acreditam que 49% das competências da força de trabalho atualmente serão irrelevantes daqui a dois anos devido à inteligência artificial (IA).
Muito dessa irrelevância acaba incluindo as próprias habilidades, de acordo com uma pesquisa recente divulgada pela edX, que entrevistou 800 executivos e 800 funcionários de empresas.
Ao mesmo tempo, quase a mesma proporção (47%), acredita que os profissionais não estão preparados para o futuro do trabalho.
Os executivos que participaram da pesquisa estimam que, nos próximos cinco anos, as empresas em que trabalham vão tirar mais de 56% das funções de profissionais de nível inicial em razão da IA.
Além do mais, 79% dos executivos preveem que os empregos dessas pessoas não irão mais existir, ao passo que a IA cria um conjunto totalmente novo de funções para os que entram no mercado de trabalho.
IA e o alto escalão
56% dos profissionais de alto escalão afirmaram que, além dos trabalhadores de nível inicial, suas próprias funções serão “totalmente” ou “parcialmente” substituídas pela IA.
Por esse motivo, ignorar a inteligência artificial pode ser um “tiro no pé” para altos executivos
Sete em cada dez líderes querem que os robôs tomem decisões por eles
Alguns líderes são céticos em relação a essas previsões negativas.
“Na minha opinião, o impacto imediato da IA nas carreiras provavelmente será mínimo”, afirma o vice-presidente executivo e gerente geral da companhia global de TI HCL Software, Richard Jeffs.
Jeffs acrescenta que “embora muitas empresas afirmem estar aproveitando a IA, a realidade é que a maioria ainda está nos estágios iniciais de adoção.”
Ele espera um impacto maior nos trabalhadores em longo prazo à medida que a IA amadurece nas empresas.
Embora a IA já esteja redirecionando empregos e perspectivas de carreira, seu impacto sobre o trabalho ainda não está claro, ou seja, não se trata de uma simples questão de trocar humanos pela tecnologia e pronto.
“A maioria das aplicações bem-sucedidas de IA vão ampliar as habilidades humanas, e não simplesmente as substituir”, diz o CIO da multinacional de bens de consumo Procter and Gamble, Vittorio Cretella.
Ele acrescenta que “os humanos continuarão a fazer a diferença na fase de definição do problema – analisando e identificando padrões antes de tentar buscar uma solução algorítmica.”
Por outro ângulo, a pesquisa da edX sugere que mesmo os mais altos líderes das empresas estão preocupados com a absorção das suas tarefas pela IA. E, para 47% dos executivos C-Level, “a maior parte” ou “todas” as tarefas dos CEOs deveriam ser completamente automatizadas ou substituídas pela IA, e 49% dos próprios CEOs concordam.
Com informações da Forbes Brasil