Quais são as iniciativas já existentes para ajudar pequenos negócios afetados pelas enchentes no RS

Quais são as iniciativas já existentes para ajudar pequenos negócios afetados pelas enchentes no RS

Desde o final do mês passado, as enchentes no Rio Grande do Sul têm devastado não apenas paisagens, mas também a economia do estado. Cerca de 700 mil micro e pequenas empresas enfrentam as consequências desastrosas desse fenômeno natural, representando uma ampla gama de setores, desde farmácias até pequenas indústrias e prestadores de serviços. A rápida inundação das chuvas comprometeu projetos de vida inteira em questão de horas, evidenciando a fragilidade frente à natureza.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), aproximadamente 80% da atividade econômica estadual foi impactada, enquanto a Fecomercio-RS estima que 86% dos negócios de comércio, serviços e turismo sofreram com as enchentes. 

A reconstrução, tanto das empresas quanto das residências e da vida cotidiana, exigirá um esforço monumental de todo o ecossistema gaúcho. O governo estadual calcula que serão necessários incríveis R$ 19 bilhões a longo prazo para restaurar o estado.

No entanto, medidas estão sendo tomadas para mitigar os danos imediatos. O governo federal já alocou mais de R$ 62 bilhões em resposta a essa crise. Iniciativas emergenciais visam auxiliar as pequenas e médias empresas, incluindo renegociação de dívidas e acesso facilitado ao crédito, especialmente através do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) .

Principais iniciativas incluem um aporte de R$ 4,5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Pronampe, disponibilidade de crédito na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, além de depósitos adicionais em fundos de garantia. Outras medidas contemplam prioridades de empréstimos através do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), garantido pelo Sebrae, e prorrogações fiscais pela Receita Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Pronampe da enchente

Talvez uma das principais iniciativas esteja no aumento do aporte para o Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Pronampe em R$ 4,5 bilhões. Isso proporciona segurança financeira aos bancos para concederem empréstimos a pequenas e médias empresas, potencialmente resultando em R$ 30 bilhões em créditos dentro do programa. O crédito já está disponível na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. No entanto, empreendedores gaúchos solicitam que o crédito seja acessível em outras instituições financeiras do estado, como o Banrisul, que ainda não oferece esse serviço. Além desse aumento no fundo garantidor, o governo destinará R$ 1 bilhão para descontos de juros do Pronampe, até o limite de R$ 2,5 bilhões em créditos concedidos.

Aporte no Peac

Outros R$ 500 milhões serão injetados no Fundo Garantidor de Investimento do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC), visando facilitar a concessão de R$ 5 bilhões em crédito às empresas. Prevê-se uma taxa de juros média de 1,75% ao mês, com algumas instituições financeiras oferecendo até 1,55% ao mês.

Prioridade no Sebrae

Empreendedores do Rio Grande do Sul que buscarem financiamento através do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), respaldado pelo Sebrae, serão prioritários na alocação de recursos. Com R$ 2 bilhões disponíveis no fundo, prevê-se a viabilização de R$ 30 bilhões em empréstimos. Além disso, o Sebrae está coletando dados sobre as pequenas e médias empresas afetadas e planeja anunciar em breve novas iniciativas para auxiliar na revitalização do setor empreendedor no estado.

Outras medidas

  • Receita Federal: o prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional foi estendido por pelo menos três meses;
  • Imposto de Renda: a data limite foi adiada até 31 de agosto;
  • Certidão Negativa: dispensa para a obtenção de empréstimos em instituições bancárias públicas;
  • Suspensão do pagamento de dívidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: https://www.contabeis.com.br

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