As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) cresceram mais do que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs).
Enquanto o crescimento do país foi de aproximadamente 2,9%, as pequenas e médias empresas cresceram cerca de 7% no último ano – o índice considera a movimentação financeira real dos negócios, descontada a inflação.
O maior avanço foi registrado na pequena e média indústria, com um crescimento de faturamento da ordem de 17%.
O setor de serviços também apresentou resultados positivos e fechou o ano com um avanço de 4,4% em comparação a 2022.
Já o comércio teve uma retração de 3,6% em comparação ao ano anterior, e o segmento de Infraestrutura teve queda de 2,0%.
O IODE-PME funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões por ano. No total, são monitoradas 678 atividades econômicas dos quatro grandes setores.
“Os pequenos negócios já são responsáveis por 30% do PIB e geraram oito em cada dez postos de trabalho em 2023, então, mais uma vez demonstram o seu potencial e a sua capacidade de contribuir ainda mais na economia do nosso país. São os que fazem a distribuição de renda no país”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.
A pesquisa sugere ainda que as empresas foram positivamente impactadas pela recuperação da renda das famílias, reflexo da geração de vagas no mercado de trabalho.
Além disso, a ampliação do Bolsa Família, a valorização do salário-mínimo e a queda da inflação (4,62%) também contribuíram para o resultado.
Para 2024, os responsáveis pelo índice apontam para um crescimento dos pequenos e médios negócios de 3,1%, puxado pela redução da taxa básica de juros (Selic) que vem sendo realizada, o que deve favorecer o consumo das famílias e afetar o setor de serviços e de alguns segmentos da indústria.