Os negócios do século XXI são Triple Bottom Line

Os negócios do século XXI são Triple Bottom Line

Se você ainda não escutou esse termo está na hora de correr atrás. Diversos dados disponíveis no mercado, mudanças de comportamento e a pressão social por mudanças são elementos essenciais que nos fazem entender essa incrível mudança.

O poderoso Triple Bottom Line

As empresas não podem somente criar valor econômico. Elas precisam criar valor social e valor ambiental. Do ponto de vista da gestão e da governança corporativa, o Triple Bottom Line causa uma mudança disruptiva e histórica: as empresas deverão ser multistakeholder.

Durante os anos da Revolução Industrial, o foco das organizações era gerar valor econômico e financeiro para os donos e acionistas da companhia.

A Revolução Digital traz a pessoas de todo o mundo o poder de se comunicar, questionar e influenciar outras pessoas em relação a seus desejos e necessidades. Esse poder maximizou dois elementos culturais que já vinham acontecendo há décadas:

  1. Inclusão social e valorização da diversidade: esse elemento cultural foi potencializado pelo poder individual das pessoas e uma mudança global dessa perspectiva fez com que diversas empresas se agarrassem a esses elementos.
  2. Ecossistema ambiental e aquecimento global: esse elemento tem referências históricas icônicas, como a realização da Eco-92, no Rio de Janeiro, o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. Assim como o fator anterior, companhias se conectaram a essa temática, fazendo com que suas decisões e posicionamento considerem o impacto ambiental de sua operação como elemento estratégico.

Ambos os elementos têm ganhado escala global e causado tensões em diversos países por uma parte da sociedade voltada a defender aspectos mais conservadores.

De qualquer maneira, o número de consumidores que considera esses dois fatores como elementos essenciais na sua escolha de compra cresce anualmente.

O Tripple Botom Line facilita o C-Level a criar uma estratégia que considere elementos econômicos, sociais e ambientais.

Os fundos ESG confirmam essa realidade

Os fundos de investimento ESG são fundos que consideram em sua análise 3 elementos: Environmental (Ambiental), Social (Sociedade) e Governance (Governança Corporativa).

Esses fundos já são uma realidade na Europa, Estados Unidos e Ásia e, desde 2019, começaram a se estruturar no Brasil. No ano de 2020, os fundos apresentaram um enorme crescimento, e em 2021 seguramente apresentará uma alavancagem exponencial.

Se de fato o dinheiro guia os negócios, a pressão social e o crescimento dos fundos ESG estão pressionando empresas de todo o país a desenvolverem seu planejamento estratégico considerando o pilar ambiental, o pilar social e o pilar de governança.

Discutindo no detalhe o fato ambiental, podemos considerar algumas tendências que se destacam na discussão:

– o impacto ambiental da operação da empresa e qual a estratégia de redução

– o investimento da busca de materiais menos poluentes que os materiais atuais

– o investimento em uma estrutura energética menos poluente

– o investimento na preservação ambiental no entorno

– o posicionamento da marca como uma marca que procura se associar ao pilar ambiental

Em relação ao fator social, podemos citar 1 elemento específico que é base da mudança social que encontramos na nossa sociedade. A valorização da diversidade cultural, racial e de gênero tem sido discutida dentro de diversas organizações, implementada por algumas e comunicada por outras, como uma estratégia de marketing clara em correlacionar o atributo “diversidade” com a própria marca.

Por fim, o fator relacionado a Governança Corporativa considera os elementos da organização da gestão, do respeito às leis do país e com um forte elemento ético que deve fazer parte da cultura da companhia.

Considerando esses três elementos, os fundos ESG têm como foco investir em companhias que consideram o Triple Bottom Line como essencial a sua estratégia.

Por onde começar a implementação do Triple Bottom Line

É essencial que comece pela liderança. Não irá começar por lugar nenhum, se não na liderança. O planejamento estratégico das companhias precisa utilizar novas ferramentas que considerem o Triple Bottom Line em sua essência.

No próximo artigo, vamos falar sobre como o BSC, um elemento estratégico utilizado por companhia em todo o mundo, se transformou para atender às mudanças sociais dos dias de hoje.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

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