O objetivo da consultoria contábil é orientar nos assuntos financeiros, fiscais e tributários, a fim de guiar os empresários possibilitando uma melhor análise para uma melhor tomada de decisão. É oferecer opiniões, orientações, no sentido de que os referidos propósitos sejam alcançados, denunciando todos os desvios em relação a tal propósito.
O consultor deve indicar o melhor caminho que o empresário tende a seguir, orientando e analisando toda a movimentação contábil da empresa, como contas a pagar e a receber, custos voltados para a folha de pagamento, melhor forma de tributação, e até a rotina financeira da empresa observando os empréstimos e extratos bancários.
Trata-se de um serviço de excelência que deve ser realizado por profissionais qualificados para análise dos dados e atualmente, visando a redução de custos, o governo norte americano iniciou uma revisão de contratos bilionários com grandes empresas de consultoria, levantando questionamentos sobre o real valor entregue por empresas de consultoria.
Corte de custos
A General Services Administration (GSA), órgão responsável pela gestão dos contratos públicos federais, foi encarregada de revisar os acordos com gigantes como Deloitte, Accenture e outras oito consultorias que recebem bilhões do orçamento federal. Essa ação gerou grande inquietação nas sedes dessas empresas, que agora temem mudanças financeiras substanciais em seus contratos com o governo norte americano.
A administração atual do governo norte americano, por meio do Departamento de Government Efficiency (DOGE), está decidida a cortar contratos considerados “inúteis”, aqueles que, muitas vezes, se limitam a entregar relatórios superficiais, como apresentações de PowerPoint que não acrescentam valor real aos projetos, afirmando que essa revisão é uma resposta direta à ineficiência percebida nos serviços prestados por algumas dessas consultorias.
“Se sua consultoria fatura bilhões do governo, mas entrega um slide bonito e um relatório óbvio, é bom já ir atualizando o LinkedIn”, afirma representante do governo norte americano atual, destacando a pressão que essas empresas enfrentam para justificar seus custos elevados.
O impacto desta análise no setor
Sabemos que tudo que acontece nos países de primeiro mundo, principalmente com assuntos relacionados a finanças, se torna uma vitrine para os demais países. Se o governo federal norte americano começar a questionar a necessidade de consultores caros, outras grandes empresas privadas também podem seguir esse caminho e revisar seus próprios contratos com as consultorias.
O reflexo pode ser negativo, e as consultorias terão que se adaptar ou perder uma parte importante do seu mercado.
Modelo tradicional de consultoria
“Como calcular o retorno sobre uma estratégia?”, questiona Michael Mische, ex-executivo da KPMG, uma das grandes empresas de consultoria do mundo. A dúvida sobre o real valor das consultorias está gerando uma pressão para que elas entreguem resultados tangíveis e não apenas relatórios.
Doug Collins, secretário do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, alega: “Chega de pagar consultorias para fazer PowerPoints e atas de reunião.” Essa frase resume o sentimento crescente entre os críticos das grandes consultorias, que agora enfrentam a cobrança por entregas mais concretas e eficazes.
Sem dúvidas, a consultoria é peça fundamental para toda e qualquer instituição, seja ela pública ou privada. A verdade é que sem a consultoria as empresas e organizações se tornam um barco à deriva, sem um planejamento adequado e sem um profissional especializado no leme, perdem a visão do horizonte e do objetivo. Mas, é inegável a dúvida que paira atualmente: Chegou a hora de uma atualização nesse setor?
Acredito que sim, pois tudo que não se atualiza, morre. Começando pela utilização, cada vez mais acessível, das inteligências artificiais nas elaborações dos relatórios em conjunto com a inteligência humana encontrada na experiência de um consultor. Tornando assim um serviço com custos menores e maior eficiência.
