Nesta quinta-feira (11), em participação no primeiro encontro da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o governo federal está elaborando novas medidas para manutenção do emprego no país durante a segunda onda de Covid-19.
De acordo com Guedes, as novas medidas serão oficialmente anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro “um pouco mais para frente”, mas ele adiantou que vão além da renovação do programa de suspensão de contrato ou redução de jornada e que deverá contemplar um seguro-desemprego de R$ 500, com o objetivo de evitar demissões.
“Temos o seguro-desemprego: a pessoa é mandada embora e o governo da R$ 1000. Porque não dar R$ 500 como seguro-emprego?!”, disse.
“Em vez de esperar alguém ser demitido vamos evitar a demissão pagando R$ 500. Ou seja, em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo”, completou.
Arrecadação recorde
O ministro ainda adiantou que o resultado da arrecadação de fevereiro, que deve ser divulgado na próxima semana, será recorde histórico para o mês.
A aposta da equipe econômica é que o aumento da arrecadação no início do ano ajude a amenizar os gastos que o governo deve ter para continuar combatendo os impactos da pandemia, bem como dê fôlego para a atividade econômica crescer este ano. Apenas a nova rodada do auxílio emergencial custará R$ 44 bilhões aos cofres públicos.
“Ano passado, a arrecadação estava 25% acima do previsto em fevereiro, o que indicava crescimento potencial acima de 2%, 2,5%. Este ano temos uma taxa praticamente garantida de 3%, 3,5%”, destacou o ministro, que acredita que o valor pode ser ainda maior a depender da capacidade do Executivo e Legislativo, juntos, formularem soluções fiscais este ano.
Vacinação em massa
Guedes também falou sobre a imunização dos brasileiros e afirmou que, agora, a palavra de ordem é “vacinação em massa”. “Sem a saúde, não tem o trabalhador, não tem a pequena e média empresa, não tem a economia”, observou.
O ministro também destacou que, embora ainda não assinado, o presidente Bolsonaro acertou a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer para este ano, além das 400 milhões já contratadas.
“É que, corretamente, o presidente não quer se comprometer publicamente antes de tudo assinado. Mas a verdade é que o presidente da Pfizer já anunciou que vai nos fornecer mais 100 milhões de vacinas”, afirmou.