A tecnologia ERP – sigla para Enterprise Resource Planning ou, em português, Sistema de Gestão Integrado – desenvolvida há 30 anos e consolidada nesse período é onipresente em empresas das mais diversas atividades econômicas e portes.
Mas, do final da década passada para cá, a automatização e o uso da inteligência artificial na contabilidade cada vez mais evoluídas indicam que o mercado de ERPs está perto de sofrer uma desestabilização.
Segundo o fundador e CEO do ROIT BANK, Lucas Ribeiro, “é uma pergunta que precisa ser feita, e sobre a qual devemos refletir: o fim dos ERPs está próximo?”, lança o executivo, que acrescenta: “Trata-se, assim, de mais um mercado em disrupção?”, aponta.
Os softwares ERPs envolvem funcionalidades em gestão de vendas, de estoques, administração financeira e contábil – como contas a pagar e a receber.
Sua preferência entre as empresas está no fato de que o sistema possibilita a integração entre todas essas áreas.
Entretanto, as soluções recentes de uso de RPA (robotic process automation) e IA (inteligência artificial) na gestão contábil têm proporcionado não só eficiência a essa gestão, como também a integração com as demais áreas.
“Há pouco tempo, e ainda hoje, um questionamento comum é se a robotização e a inteligência artificial vão substituir o trabalho humano na contabilidade. A prática demonstra que não se trata de substituição, sim de disruptura nos processos, de deixar as tarefas operacionais para a máquina fazer e concentrar o profissional nas atividades intelectuais”, ressalta Lucas.
Ele cita números do próprio ROIT BANK para ilustrar o argumento. As soluções em RPA e IA do grupo acumulam 2,1 milhões de cenários tributários analisados para seus clientes, a fim de identificar as políticas de gestão fiscal e tributária mais eficazes para cada um deles.
São 12 milhões de documentos classificados e extraídos pela automatização. Ainda, cerca de 8 milhões de classificações contábeis feitas pela tecnologia.
“É um volume impossível de ser realizado por humanos, ou seja, não há substituição, porque não se fazia isso. Há, então, novas funções que possibilitam maior precisão e subsídios para a atuação do profissional”, explica Ribeiro.
Diante dessa demonstração, continua o executivo, a questão que deve ser posta é o quanto a gestão contábil automatizada impacta em mercados de softwares e sistemas já consolidados.
Ou seja, o quanto é disruptiva não só para a contabilidade enquanto área de conhecimento e atividade econômica, mas sim o quão disruptiva é para o mercado de TI voltado à gestão de empresas – segmento em que o ERP conquistou certa soberania.
Fonte: Engenharia de comunicação