O deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE), alertou que o fim da jornada de trabalho no regime 6×1 pode trazer impactos negativos à economia. Segundo Passarinho, a mudança obrigaria empresas a contratarem mais funcionários para cobrir as folgas adicionais, o que geraria aumento nos custos operacionais e, consequentemente, nos preços para os consumidores.
Em entrevista ao Poder360, o deputado citou o transporte público como um exemplo de setor que poderia ser afetado. Com o fim da escala 6×1, as concessionárias de transporte precisariam aumentar o quadro de motoristas e cobradores para manter os serviços em funcionamento diário, o que poderia resultar em reajustes no valor das passagens.
Defesa do empreendedorismo
Como líder da FPE, Passarinho destacou que a prioridade do grupo é a melhoria do ambiente de negócios para os empreendedores no Brasil. Ele defende a redução da carga tributária e da burocracia para facilitar a atuação dos pequenos empresários. “Muita burocracia trava o crescimento. É necessário simplificar a vida de quem ainda tem coragem de empreender neste país”, afirmou.
Além disso, a FPE planeja ampliar o diálogo com o setor produtivo por meio de reuniões itinerantes em diferentes estados do país. A primeira dessas reuniões está marcada para 13 de março em São Paulo, com previsão de encontros também no Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia ao longo de 2025. O objetivo é aproximar a frente parlamentar dos empreendedores e entender suas principais dificuldades regionais.
Inovação e futuro do mercado
Outro ponto ressaltado pelo deputado foi a necessidade de modernização dos negócios por meio da tecnologia. Segundo Passarinho, a adoção de ferramentas inovadoras, como inteligência artificial, será essencial para a sobrevivência das empresas no mercado nos próximos anos. “Daqui a pouco tempo, quem não estiver envolvido com inteligência artificial estará fora do mercado”, alertou.
A proposta de mudança na jornada de trabalho segue em discussão e deve gerar debates entre representantes do setor produtivo, governo e trabalhadores. Para empresários, o desafio será equilibrar as exigências trabalhistas com a sustentabilidade financeira de seus negócios, enquanto consumidores poderão sentir os reflexos dessa possível alteração nos preços dos produtos e serviços.