A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quarta-feira (23) uma operação contra uma empresa do setor financeiro suspeita de aplicar golpes milionários em clientes de diversas partes do país. A investigação aponta que o prejuízo causado pela organização pode ultrapassar os R$ 500 milhões.
A ação foi coordenada pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), com apoio da Polícia Científica. O principal alvo da operação é uma empresa localizada na capital paulista, acusada de oferecer serviços financeiros fraudulentos e simular investimentos com alto retorno, prática que teria enganado centenas de pessoas.
De acordo com as investigações, a empresa se apresentava como especializada em investimentos, mas não entregava os produtos ou rendimentos prometidos aos clientes. As vítimas, ao perceberem que estavam sendo lesadas, tentavam contato com a empresa, mas não obtinham retorno ou enfrentavam dificuldades para reaver os valores investidos.
As atividades eram realizadas de forma a dissimular a captação irregular de recursos, com atuação semelhante à de esquemas de pirâmide financeira. A empresa utilizava contratos genéricos e oferecia serviços sem respaldo legal junto a órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos escritórios da empresa, localizados em bairros nobres da cidade de São Paulo. Documentos, computadores, celulares e materiais de marketing foram recolhidos para análise. A Polícia Científica fará a perícia dos equipamentos apreendidos, com o objetivo de levantar provas adicionais sobre a atuação da empresa.
O caso está sendo tratado como crime contra a economia popular, estelionato e possível lavagem de dinheiro. A Polícia ainda está levantando o total de vítimas envolvidas e trabalha para rastrear o fluxo dos recursos movimentados.
Alerta aos consumidores
A Polícia Civil orienta que investidores desconfiem de ofertas com promessas de lucro elevado e garantido, especialmente quando feitas por empresas que não são registradas ou fiscalizadas por órgãos como a CVM ou o Banco Central.
Consumidores lesados devem procurar a Delegacia do Consumidor para registrar boletim de ocorrência e apresentar documentos que comprovem a relação com a empresa.
Com informações da Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo