Em tempos de confinamento para que se reduza a velocidade de contágio e consequentemente um colapso no sistema de saúde nacional, estamos vivendo um período de insegurança com o atual cenário econômico e a possível diminuição de poder econômico da sociedade.
Onde o comércio de portas fechadas e os cidadãos dentro de suas casas o dinheiro não está circulando, e com isso já afeta as Industrias e Distribuidoras, que por sua vez estão se vendo obrigadas a utilizar os mecanismos do Governo contra o desemprego e fazendo as reduções de jornadas e salários, suspensão de contratos de trabalhos e algumas demissões de seus colaboradores, essa última opção (demissão) de certa forma precipitadas ou não, mas o certo é que estão aproveitando o momento de incertezas para enxugar os custos como forma de precaução.
A grande verdade é que se espera que tudo isso termine o quanto antes, e sem muitos efeitos colaterais principalmente com a saúde da população. Mas analisando friamente podemos enxergar que como a grande parte dos consumidores são pessoas que tiveram seus contratos de trabalho reduzidos, suspensos ou até finalizados, o poder de compra se torna menor e os gastos em suas famílias deverão ser apenas com o necessário de primeiro momento.
Diante disso as empresas, exclusivamente as micros e pequenas que segundo um documento do SEBRAE intitulado de “Perfil das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte” de Abril de 2018, representam 98,5% do total das empresas privadas, sofrerão um grande impacto, pois nos primeiros meses posteriores a essa crise as Receitas possivelmente não serão suficientes, tendo em vista que muitas delas optaram em fazer acordos postergando parte de suas obrigações (fornecedores, aluguel, tributos e etc) para o futuro, além de que deverão cumprir a estabilidade de seus colaboradores que fizeram parte do programa de manutenção de emprego.
Essas empresas deverão arcar com as obrigações mensais e as obrigações postergadas, e especialmente em novembro e dezembro possivelmente ainda terão obrigações postergadas, a do mês atual e o 13º salário dos funcionários.
Nesse momento estaremos diante de um colapso financeiro, uma verdadeira desestruturação no fluxo de caixa das empresas, afetando a competitividade e a saúde do negócio.
Para isso as empresas deverão contar com uma ótima gestão de custos, financeiro e até tributária, além de esperar do Governo medidas que ajudam e fortalecem os micros e pequenos e empreendedores, para que possam voltar a gerar receitas e colocar a economia de volta ao crescimento.