Desoneração da Folha: presidente do Senado busca solução em meio a debates e resistência

Desoneração da Folha: presidente do Senado busca solução em meio a debates e resistência

Na terça-feira (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que deve decidir, ainda em janeiro, sobre a tramitação da Medida Provisória (MP) 1.202/2023, que limita a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores econômicos. A proposta foi discutida em uma reunião matutina com líderes partidários.

O governo, ao publicar a medida provisória em dezembro, busca reduzir o impacto do benefício nas finanças públicas. Pacheco destacou a importância de encontrar uma “solução de arrecadação sustentável” por meio do diálogo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Pacheco expressou a necessidade de estabilidade jurídica e enfatizou a importância do diálogo entre os poderes Legislativo e Executivo. Ele espera avanços no debate ainda nesta semana para garantir um encaminhamento eficiente e livre de controvérsias.

A MP causou surpresa devido ao seu debate prévio no Congresso. Pacheco não descartou a possibilidade de uma devolução parcial, visando encontrar um meio-termo para o mérito da proposta, buscando um diálogo construtivo com o governo.

Medida Provisória e resistência no Congresso

A MP foi editada pelo governo após a promulgação da Lei 14.784/2023, que prorroga a desoneração da folha salarial até 2027 para 17 setores econômicos. A legislação foi publicada após o Congresso derrubar o veto do presidente Lula ao projeto original aprovado pelos congressistas.

O senador Efraim Filho defende a devolução da MP, argumentando que ela impõe uma agenda sem respaldo popular. O envio após a derrubada do veto não foi bem recebido pelos congressistas, e Efraim espera a devolução durante o recesso parlamentar.

O vice-líder do governo, Jorge Kajuru, expressou preocupação com a reoneração, alertando para o potencial desemprego que pode gerar. Ele propõe a devolução parcial da MP para proteger o setor produtivo.

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo e outras oito bancadas temáticas solicitaram a rejeição da proposta, destacando sua preocupação com as mudanças na desoneração. A medida permite que empresas de 17 setores paguem alíquotas menores sobre a receita bruta, visando reduzir de 20% para 4,5% sobre a folha de salários. A MP estabelece mudanças a partir de abril, limitando a alíquota menor a um salário mínimo por trabalhador e gradualmente reduzindo o benefício até 2027.

O debate sobre a desoneração da folha promete continuar, trazendo à tona preocupações econômicas e políticas que moldarão o futuro do benefício e seu impacto no setor produtivo e nas contas públicas.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

Veja Também

RFB libera versão 10.0.15 do Programa da ECF

RFB libera versão 10.0.15 do Programa da ECF

Já está disponível na página do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) uma nova atualização do programa da ECF, a versão 10.0.15, que deve ser utilizado para transmissões de arquivos da ECF...

ler mais