Em um cenário de retomada das atividades presenciais acontecendo junto à consolidação do trabalho híbrido, preferência entre 63% dos brasileiros segundo a empresa de recrutamento Robert Half, após mais de 20 meses de home office e distanciamento social, apostar na educação corporativa pode ser uma forma de integrar as equipes, além de investir em melhorias para as carreiras.
Incluir estratégias de e-learning no orçamento requer planejamento para saber quais capacitações são mais estratégicas para os funcionários e para não correr o risco de gastar dinheiro à toa.
Especialistas na área de educação digital ressaltam que o investimento em cursos que poderão ser aproveitados por todos os colaboradores são sempre os mais indicados para quem está começando a investir na área. A gerente comercial do DOT Digital Group, Bruna Mathias, explica que essa percepção, aliada a um planejamento cuidadoso por parte da equipe de treinamento, pode ajudar a evitar perdas orçamentárias no futuro.
“A equipe de treinamento precisa avaliar quais tipos de capacitações os colaboradores precisam e quais são os seus impactos no dia a dia da equipe. A partir disso, pode ser criado um plano estratégico, delimitando o valor que pode ser repassado e investido nos conteúdos que têm maior impacto para a empresa”, explica.
Confira os tipos de capacitação que têm maior impacto nas empresas, de acordo com a especialista:
Treinamento de onboarding
Bruna Mathias explica que além de contextualizar o colaborador sobre algumas informações básicas (benefícios aos quais ele terá acesso e apresentação institucional da organização, por exemplo), o onboarding poderá ajudar a criar um sentimento de pertencimento por parte do funcionário – algo que pode ser mais desafiador no formato híbrido.
“O onboarding já tem o grande benefício de integrar e acelerar o desenvolvimento do colaborador dentro de uma empresa, mas ele também é muito útil para situar esse novo funcionário sobre o lugar onde ele trabalha, quais outras áreas existem naquela organização, quais são a missão, a visão e os valores do local”.
Treinamento de compliance
Neste treinamento, são abordados assuntos como anticorrupção, antifurto, fornecedores e LGPD. “O treinamento de compliance vai servir para apresentar todas as políticas da empresa e para falar sobre política é preciso de muita organização, mas também de leveza, pois é um tema bastante denso. Para que ele seja bem compreendido pelos funcionários, é sempre interessante simular situações reais do dia a dia do trabalho”, comenta a gerente comercial.
Programa de liderança
Programa que oferece trilhas específicas de acordo com as necessidades reais da empresa para formação e capacitação de lideranças. Isso serve tanto para pessoas que já são líderes, como para aquelas que podem ocupar um cargo de liderança futuramente. “Além de estabelecer características fundamentais para cada perfil de líder, também ajuda na retenção dessas pessoas dentro da organização”, pontua a especialista.
Universidade corporativa
O programa de Universidade Corporativa possibilita que a organização tenha mais controle sobre os processos de aprendizado e implante no plano de conteúdos temas ligados às metas e aos resultados estratégicos da empresa. “Investir nesse modelo ajuda a alinhar o conhecimento técnico adquirido na graduação a necessidades e objetivos mercadológicos, ou seja, prepara os colaboradores para desempenhar papéis mais amplos no ambiente de trabalho”, conclui.
Mercado em expansão
Para além das tendências de novos formatos de trabalho pós-pandemia, o setor de educação corporativa já vinha apresentando crescimento recorde – e a expectativa é que o cenário se mantenha assim. Dados levantados pela consultoria Global Marketing Insights indicam que o mercado de e-learning deve dobrar de tamanho até 2027, passando de US$250 bilhões para US$499,1 bilhões durante esse período.
Para o CEO e fundador do DOT Digital Group, Luiz Alberto Ferla, alguns fatores justificam esse crescimento. “Redução de custos, aumento das margens de lucro, satisfação dos funcionários e resultados de aprendizagem comprovados são os principais fatores que vêm impulsionando a adoção de soluções digitais para capacitação e treinamento por empresas”, explica.
O empresário também aponta que a prática já é bem consolidada em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 41,7% das empresas já usam tecnologia para treinar funcionários. “No Brasil, essa tendência foi acelerada pela pandemia e deve se consolidar ao longo dos próximos anos”, conclui Ferla.
Com informações Dialetto e Grupo DOT