Atualmente, empresas começam a oferecer a possibilidade de congelamento de óvulos como um benefício para atrair e reter talentos.
Tendo em vista que as mulheres, cada vez mais, em geral, exercem a maternidade mais tarde, o congelamento de óvulos surge como alternativa para conciliar a vida pessoal e profissional.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de mulheres com 30 anos ou mais que se tornam mães no Brasil passou de 24% no ano de 2000 para 38% em 2020 (4% são mães com 40 ou mais).
A maioria das mulheres ainda tem filhos entre 20 e 29 anos, porém em ritmo inferior ao do começo deste século, quando esta faixa etária estava em 54,5%.
A possibilidade de congelar os óvulos, com mais mulheres agendando a maternidade para depois dos 30, surge como um fator de atração e retenção de talentos, de acordo com a psicóloga Karin Parodi.
“As organizações têm evoluído para serem mais diversas e inclusivas. Mas chegar ao topo exige dedicação –assim como a maternidade também exige. É muito positivo ver empresas considerando alternativas para que vida familiar e carreira não entrem em conflito”, diz a especialista, pós-graduada em administração em recursos humanos.
De acodo com a especialista, é louvável a iniciativa, embora ainda restrita a algumas organizações. “É um benefício caro.”
Para se ter uma ideia, o custo total do congelamento de óvulos gira entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, no entanto neste valor não está inclusa a fertilização, a qual dá origem ao embrião. Além disso, para manter os óvulos congelados, é de R$ 1.000 ao ano, mas a iniciativa pode ser um dos exemplos adotados pelas empresas para incentivar carreiras e o planejamento familiar com segurança e calma.
Com informações da Folha de S. Paulo