O secretário especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Bianco, informou que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm) não deve ser prorrogado.
“Eu não vejo, o governo não vê, necessidade de prorrogação”, disse, hoje (1º), em Brasília, o secretário. “Se necessário, levaremos esta necessidade ao ministro [Paulo Guedes] e também ao presidente da República [Jair Bolsonaro], mas tudo indica que, com o casamento entre uma política muito bem-sucedida de vacinação e a retomada [econômica] que estamos vendo e as novas políticas que virão no pós-pandemia, temos tudo para dizer que o BEm não será prorrogado, não nestes moldes”, acrescentou Bianco.
O programa foi criado no ano passado para auxiliar o enfrentamento da crise causada pela pandemia de Convid-19. Em 2021, com a permanência da pandemia, a iniciativa foi renovada.
O secretário disse que o total de pedidos de auxílio financeiro está diminuindo. O que, para ele, sinaliza que o governo pode priorizar outras maneiras de estímulo à preservação dos empregos.
“Estamos trabalhando de maneira efetiva [na formulação de] políticas ativas de emprego, com [foco em] um público mais vulnerável, que são os jovens, na qualificação no trabalho e com políticas que evitem demissões e privilegiam a todos que ajudam a não demitir”, acrescentou o secretário.
Dados do BEm
O Ministério da Economia informou que desde o lançamento da nova rodada do BEm, em abril, até o dia 26 de junho, 2.386.284 trabalhadores obtiveram a garantia provisória de emprego mediante acordo. Algo em torno de R$ 1,7 bilhão em recursos federais foram efetivamente pagos neste período.
Cerca de 58% dos 2.666.161 acordos firmados preveem a suspensão temporária dos contratos de trabalho. Os demais estabelecem reduções de jornada e salário de 70% (689.580), 50% (502.822) e 25% (350.097).