Balanço patrimonial, DRE ou balancetes conjugados?

Balanço patrimonial, DRE ou balancetes conjugados?

Há uma ideia corrente, principalmente nos meios acadêmicos, de que o Balanço Patrimonial e a DRE, além de outros relatórios e informações do conjunto das Demonstrações Financeiras, são suficientes para uma análise detalhada do desempenho de uma empresa.

Este pensamento está errado, porque o conjunto das Demonstrações Financeiras não apresenta, de forma detalhada, as mutações patrimoniais e as flutuações dos resultados de cada mês de um determinado exercício social.

Esta análise, em nível de detalhes por grupo de contas, só é possível ser feita com alguma segurança por meio dos balancetes mensais conjugados sintéticos e analíticos, que podem estar disponíveis em bons sistemas ERP que utilizam essa ferramenta de acompanhamento e de avaliação de desempenho mensal.

Alguns sistemas de Contabilidade Gerencial disponibilizam modelos de relatórios que podem atender a esta demanda. Esses relatórios, geralmente, não fazem parte do conjunto padrão de relatórios da maioria dos sistemas disponíveis no mercado, mas podem ser customizados (desenvolvidos sob demanda específica) à medida em que haja necessidade de sua utilização.

Considero que esses relatórios são indispensáveis para o acompanhamento mais criterioso e detalhado das movimentações e flutuações mensais das contas patrimoniais e de resultados. Isto permite o monitoramento mensal.

Além das vantagens e facilidades que os relatórios mensais proporcionam, é importante observar que as Demonstrações Financeiras são o resumo das informações do período, desde o mês inicial até o mês final de apuração do resultado. Observe-se ainda que, na maioria das empresas, este período de apuração corresponde ao exercício social (janeiro a dezembro).

A conclusão é simples: não é possível verificar por meio das Demonstrações Financeiras o desempenho mensal das contas patrimoniais e de resultado que dão origem ao conjunto dessas Demonstrações. Além disso, há um ponto importante que deve ser observado: a tempestividade das informações. As Demonstrações Financeiras, invariavelmente, demoram muito mais tempo do que os relatórios mensais para serem concluídas e apresentadas.

Por fim, a boa prática contábil requer que o acompanhamento seja feito mensalmente e não há motivos para aguardar a publicação das Demonstrações Financeiras para fazer este acompanhamento ou então para fazer esta análise de desempenho. Em algumas situações, isto pode ser prejudicial à empresa.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

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