O governo federal está discutindo um aumento temporário no valor do Auxílio Brasil, hoje pago para 17,5 milhões de famílias, devido ao aumento do preço dos combustíveis.
Integrantes da equipe do Ministério da Economia relataram à CNN Brasil que seria elevado o valor do benefício social entre R$ 50 e R$ 100 em um período máximo de três meses.
Segundo essas fontes, a iniciativa evitaria a implementação de um programa de subsídios para o diesel, o que é defendido pela articulação política do Palácio do Planalto.
Para aumentar o benefício social, sem esbarrar na Lei Eleitoral, o governo federal discute a decretação de um estado de emergência por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A legislação eleitoral proíbe a concessão de benefício pelo poder público em ano de eleição, com exceção de casos de estado de calamidade ou emergência pública.
Preço dos combustíveis
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro deve tratar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o envio de um projeto de lei que zera o PIS/Cofins para a gasolina.
Pelos cálculos do governo, a alternativa poderia reduzir em até R$ 0,69 o preço do combustível na bomba. A proposta, contudo, enfrenta resistência junto à equipe econômica.
A avaliação é de que conceder uma desoneração para a gasolina, com alto impacto orçamentário, não cumpriria um papel social, diferentemente do diesel, usado para abastecer ônibus e caminhões.
O presidente afirmou, neste sábado (12), que a adoção do subsídio a combustíveis é “uma questão excepcional” e que a decisão vai passar pelo ministro da Economia.
“Ele [Guedes] já deu um indicativo dessa possibilidade se o barril do petróleo explodir lá fora, porque se jogar todo preço para o consumidor, o Brasil explode a inflação e explode a economia”, disse.
Fonte: com informações da CNN