Atuar como freelancer para complementar a renda é a realidade de mais da metade dos brasileiros empregados

Atuar como freelancer para complementar a renda é a realidade de mais da metade dos brasileiros empregados

Conquistar um emprego com carteira assinada no país atualmente pode ser considerado um privilégio para muitos, após o grande índice de desemprego que assolou o país durante a pior fase da pandemia no Brasil, mas ainda assim isso não se traduz em uma situação financeira estável.

Para conseguir sobreviver, 60% dos brasileiros empregados fazem algum tipo de bico ou trabalho como freelancer para complementar a renda. É o que revela uma pesquisa da BARE International, que ouviu 1053 pessoas durante o mês de novembro para entender os impactos da alta inflação no consumo e no dia a dia. Ao todo, 76% afirmaram que estão empregados, sendo que mais da metade (56%) não tiveram qualquer reajuste salarial.

A gerente da Bare no Brasil, Tânia Alves, afirma que nem mesmo as economias de gastos estão sendo suficientes. “Em muitos aspectos, nesse período o brasileiro começou a poupar de itens essenciais, como alimentação e moradia, até aqueles menos importantes como entretenimento e serviços de estética. É, de certa forma, esperada essa necessidade de complementar a renda, já que os salários pouco mudaram e não acompanham a inflação”, explica.

A pesquisa revela ainda que 89% dos entrevistados deixaram de consumir produtos e serviços por causa da alta dos preços. Os segmentos mais afetados foram viagens e vestuário, apontados por 69%. Quanto ao entretenimento, 68% da população cortou gastos com cinema, shows e teatro.

Atuação apenas como freelancers cresce

Paralelamente ao crescimento dos bicos entre pessoas empregadas, o número de trabalhadores que atuam apenas como freelancers também aumentou consideravelmente neste ano. Outro levantamento, feito pela Closeer, startup que conecta empresas e trabalhadores que procuram jobs, mostrou que 64% dos freelancers aderiram ao modelo em 2021, sendo que 50% deles têm os freelas como única fonte de renda.

Muitos atribuem este cenário à pandemia, mas Walter Vieira, CEO da Closeer, lembra que os vínculos mais flexíveis de trabalho já eram tendência antes da chegada do vírus.”Essa modalidade não só permite maior liberdade, como também representa mais oportunidades e possibilidades de ganhos maiores aos trabalhadores. Ela já havia se tornado a principal fonte de renda de muitos brasileiros.”

Ele ainda explica que, com a pandemia, o trabalho freelancer acabou se tornando uma opção para muitos, mas a tendência é que os autônomos continuem crescendo, por isso vale o incentivo para que todos façam o registro da MEI, garantindo segurança previdenciária. 

Com informações Compliance Comunicação

Fonte: https://www.contabeis.com.br

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