As terminologias utilizadas em Contabilidade e Finanças são pouco compreendidas para quem não sabe o real significado de alguns termos contábeis.
Um dos mais conhecidos em Contabilidade e Finanças é o Ativo Imobilizado. Esse termo dá uma ideia distorcida no que diz respeito aos bens que compõem esse importante grupo de contas do Ativo de uma empresa.
Em uma determinada aula sobre depreciação de bens, um aluno perguntou-me: professor, porque os veículos são tratados com Ativo Imobilizado, uma vez que eles podem fazer movimentos?
Precisei citar outros exemplos de bens que também podem mudar de lugar e são tratados da mesma forma: mesas, cadeiras, computadores, elevadores etc.
A explicação que precisei apresentar não poderia ser baseada no sentido de movimento, mas sim na intenção da operação envolvendo a aquisição desses bens. Quando uma empresa adquire um bem para o Ativo Imobilizado, não é o bem que está sendo imobilizado e sim o recurso financeiro utilizado para sua aquisição.
Em tese, admite-se que as empresas adquirem esses bens para operarem suas atividades e não fazem planos para revendê-los. Daí a diferença entre os estoques de imóveis de uma construtora e sua sede onde ela opera. Os imóveis acabados e prontos para revenda são produtos, portanto não são tratados como Ativo Imobilizado. Entretanto, a sede da empresa, sendo própria, é um Ativo Imobilizado porque a intenção ao adquirir esse bem foi imobilizar o capital para fins administrativos, comerciais ou produtivos.
Então, fica claro que só pode ser considerado Ativo Imobilizado aquilo que implica recurso financeiro parado, imobilizado. Mesmo que a empresa possa se desfazer desse bem a qualquer momento. Todavia, na essência da operação inicial, o propósito não foi comprar para revender e sim para fazer parte das operações da empresa.
Resumindo: em tese, o que está imobilizado é o recurso financeiro aplicado na aquisição do bem e não o bem propriamente dito.