Interseccionalidade é um termo com mais de 30 anos de uso. Foi utilizado pela primeira vez em 1989, pela jurista e professora afro-americana Kimberlé Crenshaw.
Com o passar do tempo, diversos estudos foram desenvolvidos sobre esta temática, objetivando compreender melhor as desigualdades e discriminações sofridas por mulheres e populações diversas.
Segundo Lucía Rios Bellamga, consultora em diversidade sexual e de gênero, de forma simplificada, a interseccionalidade é a interação entre dois ou mais fatores sociais relacionados às características individuais de uma pessoa.
Questões de identidade de gênero, orientação sexual, raça, etnia, idade, localização geográfica, não afetam uma pessoa separadamente, pelo contrário, combinam-se de diferentes formas, gerando várias desigualdades, preconceitos e/ou desvantagens.
Por exemplo, na área contábil, há várias desigualdades e desafios enfrentados por mulheres cisgêneras, mulheres transgêneras, Travestis, pessoas negras (pretas e pardas), Pessoas com Deficiência, pessoas acima de 50 anos de idade, e quando se fala em interseccionalidade, fala-se na combinação desses marcadores. Exemplo 1: Mulher Transgênera + negra + com deficiência; exemplo 2: Homem cisgênero + negro + com mais de 50 anos de idade.
Portanto, falar em diversidade de pessoas, com suas diversas características pessoais, é também falar sobre a presença da interseccionalidade, que está associada à combinação dos marcadores sociais de diferença, presentes na sociedade contemporânea.
Assim, o primeiro passo é buscar informações, além de treinar as equipes em gestão da diversidade e incluir pessoas diversas, com respeito, acolhimento e oportunidades, que vão além da contratação inclusiva, por meio de ações que objetivam a permanência da diversidade nas organizações contábeis.
Espero que esse artigo tenha ajudado.
Grande abraço.