Tem sido um desafio para o mercado de trabalho conseguir manter os rendimentos adquiridos pelos trabalhadores, mostrando queda em comparação ao mesmo período em 2021.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados na última quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produtividade da população contabilizada a partir da sua renda caiu 8,8%.
A análise foi feita nos últimos 12 meses, encerrada em fevereiro deste ano, em comparação ao período anterior, mostrando que os brasileiros vem recebendo cada vez menos dinheiro pelo seu tempo de trabalho.
O valor real concedido em cada contrato passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511, apenas um ano depois.
Avaliando a massa de rendimento real habitual, a taxa se manteve em R$232,6 bilhões no período.
O desemprego teve uma retração significativa, alcançando 11,2% neste ano, contra 14,5% registrados em janeiro do ano passado.
Empregos com carteira assinada
Funcionários com carteira assinada no setor privado aumentaram 1,1% em relação ao trimestre anterior e 9,4% na comparação anual, do trimestre encerrado em fevereiro.
Na comparação anual, aqueles também no setor privado, porém sem carteira assinada, tiveram alta de 18,5% no ano, assim como os trabalhadores que atuam por conta própria (8,6%) e os trabalhadores domésticos (20,8%).
A taxa de informalidade alcançou 40,2% da população ocupada, resultando em 38,3 milhões de trabalhadores sem registro.