O número absoluto de trabalhadores informais voltou a crescer no Brasil, e a categoria já acumula mais de 38,5 milhões de brasileiros.
Os dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que a quantidade de profissionais atuando sem carteira assinada subiu quase 20% em apenas um ano, e autônomos tiveram alta de 10%
A informalidade havia sofrido retração durante o auge da pandemia, que restringiu a circulação da população, mas voltou a crescer de forma expressiva desde o final de 2020.
Segundo o levantamento, a dependência do serviço informal impacta diretamente na média de rendimento da população, que segundo a pesquisa, foi de R$2.489, número mais baixo de toda a série histórica analisada desde 2013.
Parte da recuperação econômica está vindo pelo trabalho informal, mas obtendo rendimentos menores, faz com que a média do rendimento da população ocupada diminua.
Atualmente, são mais de 12 milhões de trabalhadores sem carteira assinada do setor privado, um aumento de 19,8% em apenas doze meses, e aqueles que atuam por conta própria já são mais de 25 milhões de brasileiros, uma alta de 10,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Trabalhadores domésticos atuando na informalidade
Outro setor que apresentou aumento foi o de trabalhadores domésticos, com entrada de 931 mil pessoas, um crescimento de 19,9% em um ano.
Avaliando o trimestre encerrado em janeiro de 2022, eram 5,6 milhões na categoria, sendo que 75% não possuem carteira assinada, por isso acabam fazendo parte do cálculo do IBGE sobre pessoas atuando na informalidade.
De acordo com a pesquisa, esse aumento pode ser explicado pela retomada dos colaboradores aos seus antigos cargos, devido aos desligamentos causados pela pandemia, e também pela migração de pessoas desempregadas de outros setores para este, em busca de renda.