A maioria das empresas precisou se reinventar de alguma maneira com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Mas o impacto foi ainda maior no segmento de negócios ligados ao Carnaval.
Pelo segundo ano consecutivo, empresários que dependem da festividade para sobreviver precisam se adaptar, uma vez que as festas de rua e aglomerações foram, em grande parte, canceladas com o incremento de casos decorrentes da variante Ômicron.
Como se adaptar
Para apontar saídas, o Sebrae pode ajudar esse segmento com orientações, cursos e ferramentas gratuitas.
No portal https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraenoverao, o empreendedor encontra dicas para impulsionar sua atividade, que vão desde alimentação, passando por vestuário e comércio digital, por exemplo.
Há ainda capacitações de graça e ferramentas de gestão – soluções que podem auxiliar o empresário a melhorar o atendimento aos clientes, principalmente nessa época do ano, de grande consumo. O site apresenta também informações para a retomada segura dos negócios, como é o caso das empresas de turismo.
Oportunidades
Segundo o gerente de Competitividade do Sebrae, Cesar Rissete, apesar do mercado de Carnaval ainda estar longe dos anos pré-covid, há oportunidades.
“Embora existam cancelamentos de festas de ruas, a expectativa é que as pessoas aproveitem o feriado e frequentem as atividades permitidas. Pode ser um volume menor do que o esperado, mas as pessoas irão circular”, argumenta. “O novo modelo de negócios é, exatamente, oferecer os serviços que serão demandados nesse período”, conclui.
Repensar o modelo de negócios também é uma estratégia defendida pelo gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Enio Pinto.
Segundo ele, as empresas nascem para resolver problemas específicos de um nicho. Com a intensificação da pandemia, é necessário que os empreendimentos revisitem os seus propósitos originais para continuar no mercado.
“Tem que buscar ineditismo, disrupção e criatividade, ser inovador e continuar resolvendo os problemas dos clientes. É ir além de entregar o que o freguês necessita e atender, de fato, o que ele deseja.”
Algumas mudanças derivadas da propagação da Covid-19 se tornarão legados, destaca Pinto. Uma delas é uma preocupação maior com a questão da higiene: nos ambientes das empresas, no manuseio dos produtos comercializados, bem como no controle sanitário envolvendo colaboradores e usuários.
“O outro legado é a transformação digital dos empreendimentos. A necessidade de uma presença digital profissional das empresas. E, por fim, a necessidade de não aglomeração”, elenca.