Quando o assunto é empreendedorismo feminino, as mulheres atuam em um universo de atividades mais restrito que os homens, segundo o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2020, produzido pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).
A pesquisa levantou que mais da metade das empreendedoras iniciais, aquelas com empreendimentos de no máximo três anos e meio, que atualmente marcam quase 60% dos casos, atuam em apenas seis atividades. Já entre os homens, o número das principais atividades sobe para 14, mais do que o dobro.
“A questão cultural ainda afeta muito o empreendedorismo feminino. A sociedade acaba colocando barreiras adicionais para as mulheres expandirem sua presença para outras atividades além das culturalmente aceitas, como alimentação e beleza. Trabalhamos para mudar esse cenário e destravar o potencial empreendedor das mulheres em todos os setores”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Ele observa que os serviços de alimentação foram as atividades com os maiores percentuais entre os empreendedores iniciais independentemente do sexo, mas que a participação feminina é notadamente maior.
Divisão por setores
Entre as seis atividades mais escolhidas pelas mulheres ainda estão as de confecção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas (7,3%) e a de comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (4,7%). Ambas aparecem apenas nos grupos das empreendedoras.
Os homens apresentam uma forte atuação em atividades ligadas à construção civil, como construção de edifícios (4,6%), obras de acabamento (2,8%), serviços especializados para a construção (2,7%), atividades paisagísticas (2,5%) e instalações elétricas (1,9%), além das atividades relacionadas ao transporte e manutenção de veículos.
Empreendedorismo como solução
As mulheres são as que mais empreendem por necessidade e não por um desejo pessoal de abrir o próprio negócio, mas que encontram neste meio uma forma de conquistar seu espaço e uma chance de melhorar de vida, como informa o relatório da GEM. Quase 55% das empreendedoras tiveram coragem de empreender por não encontrar outro meio para ter uma renda.
O mundo do empreendedorismo possui inúmeros desafios independente do gênero, por isso uma das dicas é trabalhar com o que você já conhece, com um ramo que tem familiaridade para facilitar o sucesso do seu negócio, além de estudar o produto, seu público e realizar um planejamento empresarial antes de começar.
Com informações Agência Sebrae