A Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE) avaliou os indicadores de mercado de trabalho dos últimos três anos e constatou que os estados mais afetados pelo desemprego causado pela pandemia de Covid-19 foram o Nordeste e o Sudeste.
Em entrevista à CNN Business, a pesquisadora Janaína Feijó da própria fundação analisa que essa situação acontece devido às regiões possuírem uma parcela considerável da população trabalhando na informalidade e também nos serviços, áreas diretamente impactadas pelas restrições impostas para evitar a contaminação pela doença.
Segundo Feijó, desde o final de 2020 é possível notar uma recuperação lenta e gradual do emprego, mas que a maior parte das pessoas retornando ao mercado de trabalho ainda não encontrou vagas.
Ela verificou também que no Nordeste a melhora é mais nítida, com uma retomada mais rápida e informal conforme avança a vacinação. Já o Sudeste tem uma recuperação mais lenta, mas segundo ela, parte de uma situação menos delicada.
A expectativa da pesquisadora para o próximo ano é que a taxa de desemprego “chegue a 12,4%, uma taxa um pouco maior do que a verificada no segundo semestre de 2019, a tendência é que o mercado retome de forma gradual.”
