Com aumento crescente de processos digitais, as rotinas financeiras migraram quase que completamente para o digital, quase que extinguindo a movimentação física de valores. Boletos, faturas de cartão, transferências bancárias, débito automático, aplicações e resgates realizados de forma programada, pagamentos via app, etc. Tudo isso passou a ser rotina na vida financeira das pessoas e das empresas. Com todos os dados de processos acontecendo no digital, os golpes financeiros se aperfeiçoaram para alcançar o patrimônio das vítimas nestes canais.
Como os golpistas pensam e agem?
Os golpes financeiros mais conhecidos são relacionados ao roubo de dados. Golpistas enviam links com propostas enganosas, como ofertas de emprego, empréstimos bancários atraentes, produtos em promoção, e outras promessas de vantagens que geralmente fogem da normalidade, se apresentando atrativas. Uma vez aberto o link, no celular ou no computador, uma página que simula o site de um banco ou empresa conhecida irá captar dados da pessoa ou empresa, e a partir desses dados coletados os golpistas executarão a fraude financeira, podendo extorquir as vítimas.
Outras formas de agir dos golpistas envolvem oferecer produtos ou serviços falsos por valores atrativos, de forma a enganar o consumidor e obter a conclusão de um pagamento, porém os produtos nunca será entregue. Já mais recentemente temos os golpes envolvendo o envio de valores via PIX, com a solicitação de devolução sendo feita diretamente à vítima, porém fazerfazendo o pix para a conta indicada pelo golpista, a transferência original é estornada, deixando a vítima no prejuízo.
Mas, como se proteger? Algumas dicas importantes são:
1 – Sempre desconfie de ofertas muito vantajosas, acima do normal: Vagas de emprego com salários acima do mercado, oferta de crédito com taxas de juros muito baixas e sem muita burocracia para liberação, produtos em oferta por valores muito abaixo do praticado no mercado, etc;
2 – Confira sempre se o link aberto é realmente da empresa ou instituição (Geralmente o golpista irá simular o site real modificando alguns caracteres, como “Magaziine Luiza” ou “Banc0 do Brasil”);
3 – Nunca forneça seus dados pessoais completos, muito menos dados de cartões de crédito se não tiver a certeza de estar em um ambiente seguro (site ou app de empresas com as quais mantém relacionamento financeiro);
4 – Utilize, sempre que possível, cartões virtuais em transações digitais, e administre os limites conforme a necessidade real de utilização, nunca mantendo os limites totais de crédito disponíveis.
Por fim, não é uma opção para o empresário deixar de conhecer estes riscos, ou se omitir de tomar atitudes preventivas quanto ao perigo de cair em golpes financeiros. Desde o pequeno negócio, até as grandes empresas, todos devem tomar atitudes e investir na segurança digital das finanças, além de estar cientes de que todos estão sujeitos a cair em golpes financeiros, cada dia mais sofisticados.