70% dos trabalhadores de PMEs em home office relataram algum sintoma de burnout

70% dos trabalhadores de PMEs em home office relataram algum sintoma de burnout

A síndrome de burnout, distúrbio de exaustão extrema provocado pelo trabalho, tem assolado também os funcionários de pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras. Pelo menos é o que aponta o novo levantamento do Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares. 

O estudo identificou que sete de cada dez trabalhadores vivenciaram algum sintoma de burnout após migrarem para a modalidade remota. O resultado da pesquisa está baseado nas respostas de 418 profissionais de PMEs do Brasil inteiro, os quais migraram para o trabalho remoto como consequência da pandemia de COVID-19.  

A pesquisa constatou ainda que a falta de separação entre a vida profissional e pessoal é um dos aspectos que têm deixado os empregados mais estressados trabalhando a partir de casa –66% dos entrevistados se queixaram da dificuldade em equilibrar os dois âmbitos.

Quando questionados com que frequência executavam determinadas práticas, ficou evidente que os hábitos negativos dispararam no home office em relação ao trabalho presencial:

  • 89% usam dispositivos da empresa para assuntos pessoais no home office –o que, inclusive, representa um risco para a cibersegurança das empresas–, contra 66% no trabalho presencial.
  • 80% respondem instantaneamente mensagens relacionadas ao trabalho mesmo fora do expediente, contra 69% no trabalho presencial. 
  • 72% trabalham mais antes ou depois do horário formal de trabalho, contra 61% no trabalho presencial.
  • 72% atendem ligações do trabalho antes ou depois do expediente, contra 56% no trabalho presencial.

“Extrapolar o horário formal de trabalho pode ser prejudicial aos funcionários, já que se reduzem ou eliminam períodos de lazer e descanso. Isso mantém o profissional totalmente conectado à sua atividade laboral, deixando que ela invada todos os aspectos da sua vida, o que resulta no desenvolvimento de cansaço extremo, estresse e exaustão”, destaca Marcela Gava, analista responsável pelo estudo. 

Com a possibilidade de o trabalho remoto se tornar uma prática recorrente, mesmo como parte da jornada híbrida, é necessário que gestores usem recursos, como ferramentas de gestão de tarefas, que delimitem a jornada de trabalho, impedindo que as atividades acessem o horário de descanso do trabalhador.

Líderes brasileiros atentos ao bem-estar mental dos funcionários

A pesquisa mostrou um dado que traz otimismo. Em comparação com outros países em que a plataforma está presente, o Brasil foi o lugar onde os líderes mais se preocuparam em conversar sobre o bem-estar mental de seus liderados após o início da crise sanitária.

No Brasil, 60% dos entrevistados disseram terem recebido um contato do chefe para tratar o tema. Em seguida, Estados Unidos (53%), Holanda (52%) e França (52%) registraram as taxas mais altas, enquanto Alemanha (39%) e Itália (32%) são os países em que os líderes menos se importaram em abordar o bem-estar mental dos funcionários.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

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