Em 27 de junho, será comemorado o Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas (PMEs). E qual é a importância de celebrar esta data instituída pelas Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil? Fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país, os micro, pequenos e médios empreendimentos representam a maioria das empresas abertas e em atividade em todo o mundo. É o empreendedorismo em franca expansão.
De acordo com informações do Banco Mundial, além dessa representatividade em termos de volume, já que 90% das empresas no mundo são PMEs, essas empresas também são relevantes para a geração de 50% dos empregos, contribuindo com até 40% do rendimento nacional nas economias emergentes. E tudo isso ainda sem considerar que existe um cenário paralelo: de empreendedores atuando de maneira informal em todas as localidades do globo.
Segundo estimativas do grupo internacional, a previsão é de que até 2030 seja necessário criar mais de 600 milhões de vagas para absorver a crescente força de trabalho mundial. Levando em consideração que sete em cada dez empregos formais são criados por PMEs, principalmente nos mercados emergentes, torna-se fundamental que as nações não apenas comemorem essa data, mas também estabeleçam projetos que favoreçam essa parcela significativa da população.
Ao trazer para a realidade brasileira, o Mapa das Empresas disponibilizado pelo governo federal mostra que existem 21,9 milhões de empresas ativas, de todos os portes. E, conforme o balanço de abertura de empresas em 2023, 3,8 milhões de CNPJs foram registrados ao longo do ano passado a partir de dados levantados da Receita Federal, sendo 76% na categoria MEIs e 24% de não-MEIs, micro e pequenas empresas, empresas de grande porte, indústrias e agronegócio.
Na última edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) para o ciclo de 2023 foram entrevistados 2.000 indivíduos adultos e 54 especialistas. Diversos foram os achados neste estudo, mas dois pontos são bastante interessantes para entender o perfil brasileiro: o Brasil segue com a 2ª maior estimativa absoluta de empreendedores potenciais, atrás apenas da Índia; e ter o próprio negócio é o 3º maior sonho dos brasileiros.
Flexibilidade, autonomia ou propósito: são inúmeros os motivos que fazem uma pessoa abrir o próprio negócio. Seja por causa de um sonho ou de uma necessidade, os números mostram que é preciso criar condições favoráveis em toda a cadeia produtiva para assegurar a prosperidade das PMEs. Existem muitas oportunidades adiante para criar mecanismos que simplifiquem a vida de quem empreende no Brasil e entendo que o primeiro passo é reconhecer a contribuição dessas empresas para o crescimento do país.
Por isso, na estreia desta minha primeira coluna aqui no Portal Contábeis, que terá como foco o empreendedorismo em toda a sua essência, estou lisonjeado em começar parabenizando os micro, pequenos e médios empreendedores brasileiros, que ultrapassam fronteiras e superam barreiras para sobreviver e prosperar diariamente. O futuro dos PMEs deve ser construído em todas as esferas da sociedade. Em razão disso, fica a pergunta: existem motivos para celebrar? Certamente sim aqui no Brasil.
