Pesquisa mostra que 25% das micro e pequenas indústrias devem ao Fisco

Pesquisa mostra que 25% das micro e pequenas indústrias devem ao Fisco

A crise gerada pela pandemia continua a afetar as finanças das micro e pequenas indústrias, que agora enfrentam um antigo desafio: a regularização de suas dívidas fiscais. 

Essa realidade é evidenciada por dados recentes da Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, conduzida pelo Datafolha a pedido do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi).

De acordo com o levantamento, 25% das empresas entrevistadas admitem possuir pendências tributárias com a Receita Federal, o que representa uma proporção preocupante de uma em cada quatro empresas. 

Especificamente, 24% das micro indústrias e 34% das pequenas estão nessa situação, sendo o Nordeste a região mais afetada, com 42% de endividamento, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte registram os menores índices, com 20%.

A pesquisa também destaca a predominância do Simples como regime tributário entre as micro e pequenas indústrias, com 81% das empresas optando por essa modalidade, evidenciando a necessidade de uma política tributária mais simplificada e acessível para esse segmento, especialmente nas regiões menos desenvolvidas.

Dificuldade no acesso ao crédito

A maioria das empresas endividadas expressa o desejo de regularizar sua situação por meio dos programas de parcelamento oferecidos pelo fisco. 

Apesar disso, muitas delas consideram as condições oferecidas pelos governos como apenas um pouco favoráveis (47%) ou até mesmo nada favoráveis (31%), destacando a necessidade de políticas mais abrangentes e favoráveis para facilitar a regularização das dívidas fiscais.

Um programa recente lançado pela Receita Federal para regularização de tributos, que permite o pagamento das dívidas sem juros e multas, despertou o interesse de 89% das empresas endividadas. 

No entanto, as negociações enfrentam obstáculos, incluindo a exigência de garantias por parte da Receita Federal e a dificuldade de obter recursos para fechar os acordos, especialmente devido às altas taxas de juros envolvidas.

Diante desse cenário, o presidente do Simpi, Joseph Couri, destaca a necessidade de medidas que levem em conta a capacidade financeira das empresas para resolver o problema do passivo tributário.

“Uma alternativa seria a retomada das parcelas equivalentes a 0,5% do faturamento para a quitação das dívidas fiscais”, sugere.

No entanto, Couri reconhece a necessidade de um maior rigor na fiscalização para evitar práticas evasivas por parte das empresas.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

Veja Também

RFB libera versão 10.0.15 do Programa da ECF

RFB libera versão 10.0.15 do Programa da ECF

Já está disponível na página do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) uma nova atualização do programa da ECF, a versão 10.0.15, que deve ser utilizado para transmissões de arquivos da ECF...

ler mais