No competitivo mundo dos negócios, entender e gerenciar os riscos reputacionais é uma prioridade crescente para as empresas. Especialista em Governança Financeira afirma que ter um bom mapa de risco e planejamento é essencial para evitar possíveis crises.
Segundo análises recentes, diversos fatores podem comprometer a reputação de uma empresa, incluindo desordem financeira, falta de alinhamento ideológico, e má gestão de crises. Estes problemas não apenas afetam a eficiência operacional, mas também podem resultar em danos à reputação da empresa.
Segundo uma pesquisa divulgada no final de 2023, em colaboração com 11 organizações não-governamentais internacionais, a Vale e a Petrobras emergiram como as principais empresas brasileiras mais repudiadas por investidores devido aos seus riscos reputacionais. Essa avaliação foi conduzida pela plataforma Financial Exclusions Tracker, que consolida de maneira abrangente as listas de empresas excluídas por investidores devido a diversas razões.
Goldwasser Neto, co-fundador e CEO do Accountfy, destaca que a transparência, assertividade, honestidade e ética são pilares fundamentais para evitar riscos reputacionais.
O risco reputacional, definido como qualquer dano potencial que uma empresa possa sofrer afetando sua percepção pública, é uma preocupação constante no cenário empresarial moderno. A rápida disseminação de informações no ambiente tecnológico atual torna esses riscos ainda mais imprevisíveis e perigosos.
Para prevenir essas crises reputacionais, experts recomendam a adoção de uma abordagem estratégica que identifique e avalie problemas com antecedência. Investir em treinamento de funcionários, ferramentas adequadas e uma governança corporativa sólida são passos essenciais nesse processo.
Um caso que ressalta a importância dessas medidas é o da Americanas, que enfrentou um escândalo reputacional em 2023 devido a uma “inconsistência contábil” de R$20 bilhões. A fraude nas demonstrações financeiras, gerou a descredibilidade na empresa, piorada pela condução atabalhoada e pouco assertiva dos executivos.
Dados do YouGov BrandIndex mostram que no ranking do Anunciante do Mês para o Brasil, a varejista ficou entre os 10% das marcas com pior desempenho no índice da Consciência da Publicidade durante o mês de janeiro de 2023.
A credibilidade junto às instituições financeiras e investidores leva-se anos para se conquistar mas a perda da mesma basta um único evento.
“Mesmo que a empresa não tenha tido um evento crítico que impacte a sua credibilidade, não quer dizer que a empresa esteja protegida ou deva se acomodar no seu modelo de gestão. O cuidado com a transparência e assertividade dos números realizados e projetados disponibilizados à terceiros deve ser feito dentro de um ambiente seguro, com método forte e passível de auditoria. Logicamente um ambiente dominado por planilhas eletrônicas traz um desafio substancial na governança desses dados“, ressalta Goldwasser Neto.
Fonte: Braun Comunicação Integrada