O Brasil ocupa a quarta principal alternativa de contratação das empresas estrangeiras, em um ranking de 150 países, perdendo apenas para Filipinas, Estados Unidos e Argentina, nesta ordem.
A análise apareceu em um relatório sobre contratações globais que o Valor Econômico teve acesso, “Global Hiring Report”.
Os dados, de setembro de 2022 a setembro de 2023, baseiam-se em informações de mais de 300 mil contratos e 20 mil clientes no mundo todo.
Mais de mil, entre as companhias globais que admitem trabalhadores brasileiros, estão nos Estados Unidos, de setores como:
- Software;
- Tecnologia;
- Serviços financeiros.
Vale informar que a maioria dos trabalhadores convocados para trabalhar no exterior tem entre 25 e 34 anos de idade, e moram em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
Além disso, o estudo também constatou que o número de brasileiros empregados por organizações estrangeiras cresceu 50% no período analisado, principalmente entre currículos ligados à tecnologia.
Os salários dos especialistas em TI também estão em escalada, segundo o country manager da Deel no Brasil, Cristiano Soares, com proventos médios anuais de aproximadamente US$ 76,5 mil, dependendo da senioridade e tempo de casa.
“Agora [com o trabalho remoto], os profissionais sabem que podem acessar, no conforto de suas casas, oportunidades em qualquer lugar”, afirma Soares.
Enquanto isso, o número de empresas brasileiras que contratam fora do país cresceu quase 30% no último ano, conforme o relatório, com maiores buscas por mão de obra dos EUA.
Para Soares, o crescimento do número de talentos escolhidos por empresas estrangeiras e de companhias do Brasil admitindo no exterior revela uma consolidação da força de trabalho global.
A recomendação é que, de acordo com os resultados do estudo, ao tentar localizar os perfis mais adequados para as equipes, as chefias comecem a procurar em todos os lugares.
“Agora, a flexibilidade é fundamental para atrair e reter pessoas, e oferecer cargos remotos deixa as empresas mais atrativas”, diz. “Está comprovado que ter equipes diversas enriquece a cultura corporativa”, finaliza.
Com informações do Valor Econômico