O País alcançou uma taxa de informalidade de 39,7% no mercado de trabalho no trimestre até janeiro, com 34,118 milhões de trabalhadores atuando informalmente, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
Em apenas um trimestre, mais 1,404 milhão de pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais.
Segundo o IBGE, cerca de 81% das vagas geradas no trimestre até janeiro foram informais. No entanto, o contingente de informais ainda é 4,673 milhões inferior ao de outubro de 2019.
A proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previdência Social caiu de 64,7% no trimestre até outubro para 64,2% no trimestre encerrado em janeiro.
Informalidade
O trabalho informal é uma realidade cada vez mais presente na sociedade, principalmente nos países emergentes. É uma característica dos processos de transformação que o trabalho vem sofrendo ao longo dos anos. Essas mudanças acontecem devido ao processo de globalização, com novos empregos, novas conexões, interatividade e praticidade.
Com isso, os trabalhos informais possuem características específicas, como a falta de carteira assinada, direitos trabalhistas previstos em lei, auxílios de segurança social, como o auxílio-maternidade, auxílio-doença, entre outros. Dessa forma, trata-se daquela atividade laboral que não é regulamentada pelo Estado.
O trabalho informal traz algumas vantagens como a geração de renda quase que imediata oriunda de possíveis vendas; rotatividade nas funções trabalhistas, aumentando-se o leque de opções de trabalho; não há patrão, pois o trabalhador exerce suas atividades por conta própria; flexibilidade nos horários; e uma possível alteração na renda, podendo ganhar-se mais em outro mês.
Entretanto, esse tipo de trabalho traz algumas desvantagens como a ausência de carteira assinada, de férias remuneradas, e de auxílios em caso de doenças ou imprevistos; não contribuição previdenciária, o que prejudica para uma aposentadoria; não ter renda fixa, o que atrapalha ao pedir empréstimos bancários ou financiamentos; procura de empregos formais por muitos trabalhadores informais; constante preocupação com o andamento da economia por não estarem segurados nas leis trabalhistas, entre outras.