Os empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) tiveram um aumento expressivo de 598% no mês de julho, totalizando R$ 4 bilhões em créditos.
Para se ter ideia, o mês de julho registrou 57.442 empréstimos, enquanto junho teve apenas 8.632 adesões. Confira na tabela abaixo.
Mês |
Número de adesões |
Total em créditos |
Janeiro |
26,7 mil |
R$ 1,9 bilhão |
Fevereiro |
51,2 mil |
R$ 3,5 bilhões |
Março |
55,8 mil |
R$ 3,9 bilhões |
Abril |
37,8 mil |
R$ 2,6 bilhões |
Maio |
47,3 mil |
R$ 3,3 bilhões |
Junho |
8,7 mil |
R$ 0,6 bilhão |
Julho |
57,4 mil |
R$ 4 bilhões |
De acordo com o Banco do Brasil, que é gestor do Pronampe, o aumento foi devido a Medida Provisória 1.176, que interrompeu temporariamente o programa durante o mês de junho, com o objetivo de reestruturar as disposições do Fundo Garantidor de Operações.
Isso permitiu ao fundo estender sua garantia também para as operações do Programa Desenrola Brasil, ambos os programas agora protegidos pelo fundo.
O Banco do Brasil aponta que essa retenção temporária do crédito estimulou uma demanda maior por parte dos empresários em julho, consequentemente impulsionando o maior volume de empréstimos observado até o presente momento no ano.
Contudo, vale ressaltar que, mesmo sendo o maior volume de empréstimos até o momento no ano de 2023, os resultados de julho ainda permanecem inferiores aos números registrados nos mesmos meses dos anos anteriores, ou seja, 2020, 2021 e 2022. A diferença em relação ao ano passado corresponde a uma diminuição de 52,6%.
Sobre a discrepância nos números de contratações de empréstimos em julho em relação aos anos anteriores, o Banco do Brasil justifica que a alocação de recursos era tradicionalmente realizada somente no segundo semestre de cada um desses anos. No entanto, a partir de julho de 2022, o programa passou a estar acessível durante todo o ano.