Um programa piloto de semana de trabalho de quatro dias está trazendo resultados promissores para trabalhadores e empresas, conforme divulgado no final de junho pelo 4 Day Week Global, organização sem fins lucrativos da Nova Zelândia que está à frente dos pilotos de implementação da semana de quatro dias ao redor do mundo. No Brasil, o projeto deve iniciar em novembro.
O estudo, realizado em várias empresas participantes em diferentes países, como EUA, Austrália e Reino Unido, mostrou que, após um ano de teste da jornada reduzida, houve um aumento significativo na eficiência dos trabalhadores, mesmo com uma diminuição na intensidade do trabalho.
Além disso, a receita das empresas participantes cresceu em 15%. Um terço dos funcionários relatou uma melhoria no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, além de se mostrarem menos propensos a deixar seus empregos.
Diante dos resultados positivos, o deputado democrata norte-americano Mark Takano defende a implementação da semana de trabalho de 32 horas por meio de sua proposta, o Thirty-Two Hour Workweek Act. Sob essa legislação, a Lei de Normas Trabalhistas seria ajustada para encurtar a semana de trabalho, permitindo que os trabalhadores sejam elegíveis para receber salário de hora extra caso excedam as 32 horas de trabalho semanal.
Conforme lembra o Business Insider, Takano não está sozinho em sua luta por uma carga horária de trabalho reduzida nos EUA, com o senador Bernie Sanders também apoiando a ideia de uma semana de trabalho de quatro dias sem perda salarial.
No Brasil, no entanto, a medida ainda não alcançou o governo e não existem medidas previstas para alteração da legislação trabalhista, e a negociação para a semana de quatro dias de trabalho deve ser feita, até o momento, diretamente com o empregador.
Com informações adaptadas Época Negócios