3 razões para empresas oferecerem benefícios extras no trabalho durante a pandemia

3 razões para empresas oferecerem benefícios extras no trabalho durante a pandemia

Todo profissional deseja que seu emprego não interfira em sua vida pessoal. Essa é uma linha difícil de definir considerando que o trabalho ocupa a maior parte de seu tempo – uma média de 90 mil horas ao longo da vida. Assim, o que acontece no ambiente de trabalho tem grande potencial para afetar negativamente outros aspectos da rotina. 

Como empregador, o desafio é elevar a experiência dos funcionários de modo que possam trabalhar e viver melhor. Embora haja hoje um grande número de profissionais trabalhando de casa, os contratantes ainda podem oferecer vantagens significativas para melhorar a qualidade de vida de seus quadros, como horários flexíveis e férias extras.

Por que empregadores devem oferecer benefícios e por onde começar?

Benefícios extras no ambiente de trabalho normalmente estão associados aos benefícios já garantidos aos funcionários, mas tratam-se de assuntos distintos. Benefícios incluem seguro saúde, vale-transporte, ticket alimentação ou refeição, férias remuneradas e licença maternidade.

Alguns deles são exigidos por lei, mas mesmo os que não são passaram a ser incorporados a um pacote padronizado oferecido pelas empresas e a sua organização terá dificuldades em recrutar e reter talentos se não os oferecer. 

O diferencial está nos benefícios extras do ambiente de trabalho – incentivos agradáveis de se ter, que não só melhoram a experiência de seus funcionários mas que também mostram o quanto a organização está preocupada com o time.

Benefícios extras ajudam os empregadores

Os benefícios extras não precisam ser exagerados para fazer a diferença: pequenas ações podem trazer grandes resultados, para começar, demonstram que a organização se importa com a equipe, o que por si só ajuda a prevenir a saída de funcionários e aumenta sua satisfação – e consequentemente, a performance do time. 

Por conta da COVID-19, a relação com o trabalho está em transformação. Muitos funcionários estão trabalhando de casa, enquanto outros voltaram aos ambientes compartilhados. Confira algumas sugestões que podem funcionar em sua empresa:

  • Tempo livre remunerado
  • Bolsas de desenvolvimento profissional para funcionários participarem de conferências, treinamentos e cursos, muitos dos quais podem ser realizados virtualmente.
  • Opções de trabalho flexíveis, como trabalho remoto ou em horários alternativos.
  • Comida e bebida grátis. Embora essa vantagem pareça impraticável nesse momento de trabalho remoto, a mudança provavelmente se tornará um grande atrativo quando as equipes retornarem ao escritório – garantidos os procedimentos de higiene e segurança.
  • Aulas de ginástica e bem-estar, no local ou subsidiadas em academias.
  • Facilidades no local de trabalho, como creche, salão de jogos ou salas para repouso.
  • Ambientes amigáveis e adequados para receber animais de estimação.
  • Happy hours e/ou celebrações periódicas para a equipe, que também podem ser virtuais. Além de ser um ponto de incentivo a novos funcionários em potencial, essas atividades aumentam a moral do time.
  • Incentivos financeiros ou reembolsos para que funcionários adequem seus ambientes domésticos para atuar em home office durante a pandemia.

Diversas organizações já vinham reformulando suas políticas de benefícios e aplicando algumas dessas estratégias antes da pandemia, cientes de que as ações devem servir a alguns propósitos: agradar e facilitar a vida de seus funcionários, agregar valor à marca, reforçar a cultura interna e gerar um ambiente atraente para novos talentos. 

Agora, diante dos desafios do distanciamento social e dos cuidados com a saúde, essa transformação se torna ainda mais importante.

Para serem bem sucedidos, os benefícios devem ser flexíveis o suficiente para atender a interesses individuais, uma vez que os funcionários têm necessidades diferentes.

 “Antes da pandemia, já estávamos desenvolvendo programas de benefícios para abordar melhor a diversidade, a equidade e a inclusão. A lógica não é apenas fazer a coisa certa, e sim fornecer vantagens que ajudem os funcionários a se sentirem apoiados e seguros para que possam se concentrar no seu trabalho”, afirma Felipe Calbucci, Diretor de Vendas do Indeed Brasil.

1 – Saúde mental em primeiro lugar

À medida que a pandemia traz a saúde mental para o centro do debate – desde o estresse até o esgotamento -, fica clara a necessidade de incluir no plano de benefícios ações que contemplem esse aspecto. 

De acordo com estudo do Indeed, 28% dos entrevistados no Brasil afirmaram que sua saúde mental decaiu em 2020. O crescimento do atendimento terapêutico digital está transformando a forma como a saúde dos funcionários é avaliada e é uma oportunidade de combater uma necessidade urgente e crescente, tanto para funcionários remotos quanto presenciais.

Os empregadores têm um papel fundamental a desempenhar para ajudar seus times a se manterem saudáveis e equilibrados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para cada dólar investido na ampliação do tratamento de doenças como ansiedade e depressão, há um retorno de quatro dólares em saúde e produtividade. 

O incentivo à saúde mental pode incluir teleterapia de curto e longo prazo, aconselhamento individual por meio de canais seguros, reuniões em grupo e workshops sobre como lidar com o estresse. Cargos de nível gerencial também devem ser treinados para acompanhar seus funcionários e identificar sinais de estresse dentro de suas próprias equipes.

2 – Acompanhamento da saúde à distância 

A instauração da telemedicina nos locais de trabalho enfatiza a importância da segurança no trabalho, bem como da manutenção da continuidade do cuidado durante o COVID-19, apontando a necessidade de ajudar os que estão em situação de vulnerabilidade médica ou social. 

O acesso remoto também pode ajudar a preservar a relação paciente-provedor nos momentos em que uma visita pessoal não é prática ou viável. A telessaúde e os cuidados remotos tornaram-se uma necessidade oportuna.

Muitas organizações estão reestruturando suas políticas de benefícios para permitir consultas de telemedicina – sejam interações em tempo real; Tecnologia de “armazenar e encaminhar” que permite a comunicação provedor/paciente em portais de pacientes; ou transmitir remotamente as medições clínicas de um paciente à distância para seu provedor de saúde (monitoramento remoto do paciente).

3 – Estabilidade financeira

A estabilidade financeira é um fator crítico no envolvimento dos funcionários e, assim, um ponto de atenção para os empregadores. Isso não significa que os funcionários não estejam interessados em programas de benefícios financeiros, no entanto. Pelo contrário: muitos funcionários buscam acesso a um leque de opções financeiras. 

Plataformas inovadoras podem oferecer aos colaboradores consultores para melhor atender a suas necessidades individuais, por meio de ferramentas que os capacitem em relação à tributação e que garantam maior conforto para lidar com os desafios financeiros, assim como o oferecimento de planos de poupança, aposentadoria e empréstimos a juros baixos.

No desafio de implementar benefícios corporativos, cada pequena ação conta. Embora muitos dos funcionários não precisem dessas vantagens para desfrutar e se engajar em seus empregos, as facilidades mostram acima de tudo que a empresa se importa com a qualidade de vida de suas equipes, o que eleva a motivação e produtividade, além de torná-la mais competitiva nos processos de seleção de talentos.

O futuro das organizações será inevitavelmente diferente das relações empresa-funcionário que vivemos até pouco tempo atrás, mas oferecer qualidade no ambiente de trabalho sempre será uma atitude apreciada pelas equipes. Não importa o tamanho da sua empresa, você pode começar hoje mesmo com algumas dessas ideias para melhorar a experiência do seu time.

Fonte: https://www.contabeis.com.br

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